Chega de autopiedade: uma reflexão para você parar com a síndrome da vitimização

Eu não gosto de cultivar raiva nenhuma, embora, às vezes, seja meio inevitável. Mas gosto – e muito – de colocá-la para fora quando ela surge. Pelo simples motivo de que, vomitando-a, me sinto limpa. Sabe como?

E o momento "raiva-desabafo" de hoje é sobre pessoas que adoram se vitimizar. Que têm vício de sentir autopiedade. Aquele tipo de gente que encontra uma maneira de se sentir coitada em relação a TUDO, sabe? Você já deve ter conhecido alguém assim, se é que não convive com alguém que seja.

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Em primeiro lugar, eu acredito que o sentimento de pena tenha sido criado para que os OUTROS sintam por nós e não para que nós mesmos sintamos. É sério. Acho que a pessoa que já toma à frente de terceiros e se autopenaliza, não precisa da compaixão alheia. Não é questão de NUNCA sentir, mas de controlar o sentimento, quando ele surge, ao invés de alimentá-lo. Desta forma, você pula do posto de "pessoa desagradável-insuportável" para "pessoa legal de conviver". Explico.

Você provavelmente toma conhecimento diário de notícias ao redor do mundo – e, provavelmente, já ouviu falar em miséria, fome, violência, guerra, enfim, mil desgraças que acontecem, infelizmente, a todo o tempo em muitos lugares e com muitas pessoas. Bem, se você não conhece alguém que foi atingido por desgraças como estas que exemplifiquei, já tem um motivo para agradecer. E se você não foi uma vítima destas desgraças, tem motivo para agradecer em dobro.

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Não é papo de hipócrita, é simplesmente um desabafo de uma pessoa com senso coletivo, com o perdão da falta de modéstia. E eu posso falar com propriedade, porque já fui assim: já tive essa síndrome ridícula de vitimização. O negócio é o seguinte, para quem ainda não entendeu: se você tem onde morar, tem saúde, tem o que comer, pode comprar coisas, trabalha e tem uma família/amigos que te querem bem (1 pessoa ao lado, que seja), me desculpe, mas você não tem reais motivos para reclamar da vida.

Eu não estou dizendo que ninguém do meu convívio tem problemas relevantes, inclusive eu. É claro que cada um sabe "onde lhe aperta a bota", mas tem gente que exagera no drama. "Sou um(a) infeliz", "minha vida é uma merda", "eu queria morrer" e outras frases dispensáveis que eu já ouvi de alguns, mediante uns problemas que não merecem toda essa novela mexicana ao redor. E não estou criticando, aqui, a depressão como doença, não me entendam mal, nem distorçam. Critico pessoas saudáveis, conscientes de seu estado mental, que usam um problema pouco relevante para se vitimizar perante o mundo.

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"ALGUÉM POR AÍ ESTÁ FELIZ COM MENOS DO QUE VOCÊ TEM".

O ponto que me irrita é: as pessoas são tão egocêntricas que acham que seus próprios problemas são sinônimos de fim do mundo, SEMPRE. Nada mais tem importância: o vizinho com câncer à beira da morte não é nada perante sua demissão, por exemplo. Você está com gripe, de cama, mas a amiga cuja mãe operou um tumor não merece estar mas triste que você. Seu salário veio pela metade esse mês, e você não vai poder comprar aquela bolsa que você tanto queria, mas foda-se a morte do parente de seu conhecido.

Estes são exemplos aleatórios, que tirei da minha cabeça, só para mostrar o quão medíocre a gente é, às vezes, perante a dor dos outros. Fulano reclama porque não recebe um salário milionário e porque não tem uma BMW na garagem, mas tem gente que mora embaixo da ponte e remexe no lixo pra conseguir a comida do dia. Já parou pra pensar nisso? A gente se autopenaliza porque terminou um relacionamento, mas tem gente por aí que não tem uma mãe ou um pai, ou mesmo um familiar, para chorar no ombro quando enfrenta algum problema. É alguém solitário e que, talvez, enfrente melhor os problemas, e a vida como um todo, que você.

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Imagens: Tumblr [reprodução].

Moral da história: CHEGA de reclamar por pouco. Passe a agradecer o que você tem hoje, pense que tudo sempre pode piorar – e, se piorar, você vai desejar ter o que tinha antes, acredite. Esse pensamento é manjado, é corriqueiro, mas seu significado é imenso e muito verdadeiro. Eu mesma, quando passei a pensar assim, me tornei uma pessoa mais feliz. Nós sempre podemos [e devemos] sonhar e almejar coisas, desejar melhorar, unicamente e como um todo. Mas desejar, com positividade, é uma coisa. Viver infeliz, se vitimizando por algo que não tem, é outra bem diferente.

Queira ser alguém agradável, expulse essa nuvem negra de cima da sua cabeça. Você viverá mais leve e atrairá coisas melhores. Pense nisso.

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beijos e bom sábado! Com toda força que o "BOM" pode representar.

Marcéli Paulino

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