Como eu aprendi a encarar a vida com mais ternura e positividade

Costumava passar pela minha cabeça, um tempo atrás, algumas coisas sobre o mundo e as pessoas: primeiro, que ele era injusto; segundo, que [quase] todas as pessoas eram ruins. A maioria delas. Para quem não exercita a fé, é muito difícil olhar "o copo metade cheio". Para mim era. Mas, de repente, eu resolvi colocar a positividade em prática e vejam só: parei de enxergar o copo metade vazio.

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relacionamento | pessoas | cotidiano | gente | humor | positividade | pensando positivo | sobre positividade | fé | artigos por Marcéli Paulino

Vocês, que acompanham o blog e meus textos aqui nessa tag, já devem saber que eu tenho um temperamento bem difícil. Quando amo, amo demais, mas quando odeio… nossa, nem eu me aguento. Sou o tipo de pessoa que você não gostaria de "não bater com o santo". E, por incrível que pareça, meu santo não bate com o de muita gente. Tem quem me julgue metida e pretensiosa sem nem ao menos me conhecer – mas também têm aquelas pessoas que simpatizam comigo de graça. Fico lisonjeada e até surpresa, porque acho que a segunda opção é mais difcil de acontecer.

Voltando ao otimismo, citei meu gênio forte para explicar que sou daquelas que quer, a todo custo, realizar algo com o qual está encanada (ou acabar com algo, quando está desencanada). Eu sou o oposto da acomodação: tenho faniquito só de pensar em ficar parada no mesmo lugar muito tempo (literalmente e metaforicamente falando), detesto ter que esperar demais – e, em razão disto, já me frustrei/decepcionei muitas vezes. E por causa das decepcções, ficava pessimista em relação a tudo e, consequentemente, infeliz.

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Quando algo não ocorre da forma como a gente espera rola uma revolta, não rola? A gente acha que é o fim do mundo, que acabou tudo ali, não encontra forças para renovar as esperanças. Mas de tanto levar aprendizados da vida e de tanto a vida me mostrar que nem tudo [ou quase nada] é como eu quero, eu aprendi – olha só – a tirar fé de onde achava que não tinha. Um exemplo bobo: sempre detestei o verão. Sempre que dezembro e janeiro se aproximavam eu espraguejava os sete mares, entrava em um estágio de mal humor sem precedentes, condenava a mim mesma e aos outros à intolerância sem fim. O que eu ganhei com isso? Bem, o verão continua aí, o calor também, e ele não vai embora só porque eu não gosto dele.

Pior ainda: com o aquecimento global e a poluição em níveis absurdos, a tendência é que ele piore a cada ano e seja mais demorado. O que eu posso fazer no momento? Bem, a hipótese de me mudar para a Sibéria está fora de questão no momento, então, o jeito é "brincar com o que eu tenho". 

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Minhas amigas comentam rindo nas minhas fotos do Instagram em praia/piscina, falando que não gosto do verão. Realmente, está longe de ser minha estação favorita. Mas eu vivo em um país tropical e em uma cidade que, não só ferve no calor, como é úmida. O que vou fazer, me trancar na geladeira? Preciso levar a vida e me divertir – então o farei da melhor forma que eu puder, curtindo como eu puder, onde eu estiver. Todo esse exemplo das estações foi só uma amostra boba que explica essa minha nova teoria de vida, de fazer o que você puder, onde estiver e como estiver. Nem tudo é como queremos o tempo todo, mas tudo pode ser encarado com mais leveza, se quisermos. Só depende de nós!

O lance é parar de levar as coisas a "ferro e fogo" (quem diria, eu falando isso!) e pensar com mais calma e lucidez o seguinte: ok, como posso fazer isso da melhor forma, já que tenho que fazer?" Ou então "certo, eu tenho isto. Qual deve ser a melhor forma de passar por isso/lidar com isso?". Eu parei de reclamar do calor e de espraguejá-lo – e ok, ele continua chato. Mas atualmente acho mais fácil suportá-lo do que antes. Até tenho me divertido! Olha só?!

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Imagens: Tumblr [reprodução].

Quero deixar claro que não estou aqui fazendo apologia à concurso para canonização, apenas quero dizer que uma pessoa que vive com os nervos à flor da pele por tudo e por nada só irá prejudicar a si mesma, em primeiro lugar, e os outros ao seu redor. Obviamente temos sangue correndo nas veias e existem momentos em que um "vá à merda" é libertador. Sou a favor da sinceridade e da transparência sempre – e isso inclui sim um saco cheio de vez em quando. Mas, na maioria das vezes, nossa reação não vai mudar a situação ou o jeito de outra pessoa, ou algo que já está feito. Não é conformismo, é parar de dar murro em ponta de faca e de estragar nosso dia e nossa vida por causa de "nada". Isso serve para relacionamentos, também.

Planejou algo e deu errado? Calma, a vida não acaba amanhã [oremos, né? Rs]. Dá para tentar de novo, dá pra fazer de outra forma e ter outras ideias. A pessoa X não corresponde às suas expectativas? Converse, abra o jogo. Não deu certo? Deu chance e não funcionou? Parte para outra, porque ninguém é obrigado a se sentenciar à infelicidade. Tá ruim no trabalho? Procura outro. Quebrou? Conserta. Errou? Acerta da próxima. E assim por diante. Brigar, esbravejar, dar tiro e espraguejar pode resolver seu problema momentâneo, de desabafar a revolta, mas não vai mudar a situação em si. A melhor coisa a fazer é respirar, ponderar e enxergar o copo metade cheio – e pensar em como enchê-lo por completo. Como já diz a velha e sábia frase: "não são os problemas, é a forma como você lida com eles". E pode acreditar que é mesmo!

+ Sentimentos caros merecem reciprocidade igualmente cara

Beijos positivos, bem como uma semana positiva!

Marcéli Paulino.

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