Guerreiros(as) incondicionais também se cansam. E eu explico por que

Sempre que alguém me escreve pedindo ajuda sobre relacionamento (menos comum que ajuda com moda, mas enfim), na maioria das vezes o caso é que um dos dois sente que não tá sendo levado tanto em conta. Que perdeu a prioridade do outro ou que o outro não está dando tanta importância.

MAIS: Como você lida com o fato de ser ignorado?

A primeira coisa que eu sempre falo é: cultive sua auto-estima. Já me falaram e eu mesma já aprendi, quebrando a cara inúmeras vezes, que só você é capaz de fazer sua auto estima crescer e mantê-la forte. Nem sempre é fácil, mas com um pouco de esforço a gente consegue. Afinal, nós somos as primeiras pessoas que devemos reconhecer nossas qualidades. Concorda?

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 Não é para sair por aí sendo o suprassumo da pretensão, óbvio. Mas desde que você mesmo(a) reconheça seu valor, está ótimo. Porque uma vez que você tenha noção do seu valor, consequentemente, você não se deixará abater por pouco e saberá escolher o que quer para si e a forma como quer ser tratado(a). Se a forma com que estão te tratando não te agrada ou você acha que não merece, você cai fora de forma convicta.

Só que nem sempre é fácil pensar racionalmente quando se tem sentimento envolvido. E é lógico que, por mais que saibamos do nosso valor e da nossa capacidade de ser legal com alguém, acabamos nos magoando, quando sentimentos não parecem ser recíprocos – ou ATITUDES. Ou ambos, né. Porque, a meu ver, se a pessoa não tem atitude, é porque ela não sente tanto assim. Não com a mesma intensidade.

E aí, o que fazer? Bom, o que EU aprendi e que me ajuda muito em casos como este é pensar: que interesse eu vou ter numa pessoa que não dá reciprocidade para mim? Tá bom, a gente se gosta, a gente tá junto e tal. Mas e aí? É só isso? Só falar que gosta e ponto? As atitudes precisam acompanhar o que alguém fala, do contrário, vira clichê. Se tornam palavras vazias. E eu não digo atitude de ir comprar uma jóia na Tiffany & Co., não. Digo atitude de uma simples mensagem dizendo que está com saudade.

Atitude de mandar um oi se a outra pessoa não mandou. De deixar o orgulho de lado e pensar "tudo bem, ela(e) pode estar ocupada(o), mas vai ver e responder quando puder, vou tomar a iniciativa desta vez". De NÃO QUERER SE ACOMODAR. De pensar "vamos jantar hoje no seu restaurante favorito?" ou "resolvi fazer aquela comida que você ama". De mostrar que pensa em você até nas pequenas coisas. Não é para viver em função do outro, é apenas se esforçar um pouco para cativar e surpreender. Eu, ao menos, me surpreendo com detalhes como estes, com os quais exemplifiquei acima.

Cultivar o amor é tão simples. Não precisa de muito, só precisa de boa vontade – e do próprio amor, mesmo. Porque quando o amor não existe, é óbvio que ele não poderá ser demonstrado. E aí, meu amigo, ou minha amiga, se não existe amor de um dos lados, não existe nada. É melhor você parar de lutar sozinho(a) – porque até os guerreiros incondicionais se cansam de se machucar à toa em um certo momento.

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Imagens: Tumblr.

Se um relacionamento é composto por duas pessoas, precisa existir dois lados agindo e cultivando amor. Um lado só não salva os dois – e é aí que está na hora de você se desinteressar pela pessoa, caso você seja a(o) única (o) tentando andar com o barco.

Esta é minha dica do dia, neste tempo nublado e chuvoso de Londres.

Um beijo e bom sábado,

Marcéli Paulino

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