Moda, liberdade e autoestima: reflexão para a vida

Chega uma hora na nossa vida em que não nos preocupamos mais com a opinião alheia. Ou, pelo menos, não tanto em comparação a antes. Em todos os setores da vida isto acontece e, na moda, não é diferente. Mas, existe uma coisa que passei a me perguntar ultimamente, que é: por que a gente espera certo momento da vida para deixar de nos preocupar?

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Desde que passei a me interessar por por moda, lembro que sempre encarei o assunto como uma diversão, como uma maneira livre de me expressar. Sempre li vários sites, blogs e revistas, para poder me inteirar sobre – e, confesso que, às vezes, lia coisas com as quais não concordava. Como: "não use isto" ou "passe longe daquilo". 

Que a moda conta uma história e, normalmente, expressa a época pela qual estamos passando, é um fato. Em tempos onde existia certa ditadura da vestimenta, era normal ver todo mundo andando "igual" por aí – pegue como exemplo os anos 40 ou 50. Mas, vamos ser francos: em pleno 2016 alguém vir te dizer que algo não pode ser usado é completamente sem cabimento.

Atualmente, minha crença se baseia no seguinte: respeitando os limites do bom senso – é claro que ninguém vai sair na rua nu, por exemplo -, nada é proibido. "Ah, sou gorda demais para usar isso" ou "sou magra demais". Isso não existe. Vestiu, achou que ficou bom? Se sentiu bem?? Vá em frente. Ninguém tem o direito de te julgar pelo que você veste e muito menos te dizer o que você pode ou não usar – a não ser que se trate do seu chefe dentro do ambiente de trabalho. E mais: você mesma precisa treinar seu pensamento para não se deixar abalar com os julgamentos alheios. Porque sempre tem um loser se preocupando com a grama do vizinho, ao invés de se preocupar em cuidar da própria. Sabe como é.

As pessoas confudem ocasiões impróprias com proibição. Não é cabível entrar na igreja com tapa sexo, obviamente. Mas, se eu quero sair de casa de biquíni num frio de 8 graus, problema meu, amiga. Quem vai pegar pneumonia sou eu e com certeza não é você que paga meu plano de saúde. Entendem o que quero dizer? As pessoas sempre carregaram consigo o péssimo hábito de oprimir os outros – não só em relação à roupa, mas em relação a tudo. A mania ridícula de cagar regra na vida dos outros.

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Imagens: reprodução [Tumblr].

Chega dessa ditadura imbecil de "não tem mais idade" ou "não tem corpo para usar". Você está viva? Tem um corpo? – seja ele magro, gordo, sarado ou flácido? Então você é livre para usar o que quiser, quando quiser e a hora que quiser. Nós, que trabalhamos com moda, não estamos aqui para ditar o que você deve ou não vestir, mas para SUGERIR inspirações, caso você as queira. A galera do ramo confunde uma profissão que serve para ajudar a exercitar a criatividade com licença para oprimir.

E isso serve para os demais, também, além da profissão: o que você ganha apontando para alguém e dizendo se o que ela ou ele usa está bom ou não? Uma coisa é achar feio ou não gostar de usar – mas, até aí, cada um tem um gosto, aquela velha história.

Quer raspar o cabelo careca, pintar de rosa, de multicor? Quer vestir biquíni? Maiô? Hot pant? Calção vintage? Burca? Fique à vontade. Seu corpo, suas regras. A única coisa que não pode ficar de fora nessa história toda é a sua autoestima. Vamos entender isso de uma vez por todas! Faça o seu, fique bem consigo mesma e deixe o vizinho em paz. Obrigada, de nada.

Beijos e boa semana!

Marcéli Paulino

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