O que está acontecendo com a humanidade, que só evolui por fora?

Eu não sei o que está acontecendo com a humanidade. Sou só mais uma entre os bilhões de habitantes do planeta Terra, então, sei que dificilmente vou mudar o mundo – mas, ao menos, posso começar por mim mesma. Pelo menos foi o que Ghandi disse, né.

Eu, aliás, tenho muita coisa para melhorar. Sempre deixo isso claro, porque a última coisa que eu quero é que leiam meus textos pensando que sou a dona da verdade. Não sou dona de coisa nenhuma – nem dos meus impulsos – mas tenho o direito e a liberdade de escrever, que é uma das coisas que mais amo fazer, com o objetivo de me expressar, de desabafar e de deixar que as pessoas conheçam um pouco do que sou por dentro.

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Confesso que sou uma pessoa que se deixa tomar facilmente pela raiva. E eu não tenho orgulho disso; esta é uma das minhas fraquezas. Quando vejo alguém sendo feito de idiota ou quando eu mesma me sinto feita de idiota, quando vejo alguma injustiça ou quando me sinto injustiçada, a raiva toma conta. E eu explodo, jogo a merda no ventilador e falo tudo que sinto e que tenho vontade, sem medir as consequências [às vezes, mesmo medindo eu falo e dane-se]. Na verdade, eu nem sei explicar por que sou do signo de Câncer, porque tem características deste signo que eu definitivamente não possuo [com exceção de prezar demais pela família]. Ou seja, já deu para perceber que a última coisa que eu faço é PAGAR DE SANTA. Não pago mesmo, assumo minhas deformidades e quem não gostou, que se retire. Não sou o tipo de pessoa que vai fingir ser uma coisa que não é, só para fazer bonito na aparência. 

E falando em aparência… se tem uma coisa de que tenho orgulho é de ter CONTEÚDO. Eu gosto de aprender coisas, gosto de me informar sobre tudo que eu puder e admiro, e muito, quem é assim também. Ninguém nasce sabendo, mas ninguém precisa morrer sem saber de nada. Aprender é uma arte. E uma coisa que tenho constatado, muito tristemente por aí, é que as pessoas estão obcecadas com a própria aparência e com a imagem que elas precisam passar pros desconhecidos. Eu convivi por um tempo considerável com uma pessoa que é assim e, por isso, posso falar com propriedade o quanto é desgostoso lidar com alguém que está mais preocupado em impressionar o "público" do que as pessoas com quem convive, que realmente deveriam ter importância na vida do ser.

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Se é que eu posso citar um defeito que julgo desprezível no ser humano, que a meu ver é tão ruim ou pior quanto ser mentiroso, interesseiro ou falso, este defeito é a superficialidade. Não existe nada mais triste do que ser superficial, do que achar que é alguma coisa na vida só porque tem "beleza" ou um "corpo sarado" [que é relativo] e se esquecer do conteúdo. Esquecer-se do caráter, da inteligência, enfim… de tudo que, ao menos para mim, realmente tem valor.

Não que se preocupar com a aparência seja pecado – é claro que não é. Mas algumas pessoas – aliás, muitas, que tenho visto por aí – deixam isto em primeiro plano e acima de qualquer coisa. E a coisa vai muito além do que só ir à academia, correr na praia ou cuidar da pele e do cabelo. Eu vejo gente que faz questão de só andar com pessoas "igualmente bonitas ou socialmente importantes" porque quer ser vista de maneira bem-relacionada. Tem gente que faz amizade visando o que pode ganhar com a outra pessoa, quão alto pode se tornar seu status na companhia dela e assim por diante. Dá até medo, sabia? Eu tenho medo de gente assim.

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Estou pegando um bode imenso dessa geração que vem depois da minha. Me perdoem os poucos que prestam, mas a impressão que tenho é que, do ano de 1988 em diante, só nasceu gente oca. E oca com todo significado da palavra = vazia, sem miolo, sem substância, escavado. Não posso falar de pessoas muito mais velhas, porque convivi com poucas, amigavelmente falando – mas das que conheço, 99% delas são brilhantes e me passaram muita coisa boa. Aprendi muito com elas…

Já o povo "novinho" está muito ocupado tirando selfies entre os amigos "super influentes" que possuem, indo nas baladinhas da moda, tirando fotos da maconha que estão fumando, do pó que estão cheirando e das bebidas que estão virando para mostrar o quanto são fodas. Estão ocupados demais fingindo que são felizes para pensar em ler um livro ou estudar um pouco de português, por exemplo. Mal sabem escrever. Não conhecem nem o significado de palavras básicas. Muito menos sabem escrever um texto. 

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Imagens: Tumblr [reprodução].

Focar no trabalho, então? Ter responsabilidades?? Nossa, o que são estas duas coisas?… O lema deles é que a vida é muito curta para não ser aproveitada. De fato, a vida é muito curta e meu conceito de aproveitá-la é alcançar o equilíbrio entre se divertir e se sentir útil. Pra mim, a diversão só é boa quando eu sei que meu dever está cumprido. Eu só me sinto feliz se puder me olhar no espelho e ver que não sou só mais um rostinho bonito desfilando por aí com maquiagem e com roupinha da moda. Isso é legal, sim – e até fácil de conseguir -, mas eu só me sinto realizada de verdade se eu souber que dou meu máximo todos os dias para ampliar meus conhecimentos e ser uma pessoa melhor. Exercitar o cérebro também, não só o corpo, entende? Ou seja, só a futilidade não tem graça. Pena que não é a maioria que pensa assim.

Tudo bem, a parte da raiva eu não tenho treinado muito para dominar – mas, também, quem é que precisa ser legal o tempo todo, principalmente com quem não merece, não é mesmo? Esses membros que agora apelidei de "Geração O" não merecem mesmo a companhia de pessoas cheias de conteúdo, até porque, eles nem saberiam aproveitá-la. É a tradução, na prática, da famosa frase "pérolas aos porcos". Se não tiver quem saiba aproveitar suas pérolas, guarde-as na gaveta ao invés de jogá-las. Foi essa a conclusão a que cheguei.

Beijos e bom fim de semana para você que tem conteúdo,

Marcéli Paulino.

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