Redes de fast-fashion promovem, cada vez mais, vítimas da moda

A polêmica em torno das redes de fast fashion "verus" lojas de marca com confecção própria ainda é – e por muito tempo será – um dos pontos fracos do mundo da moda. Isto porque, obviamente, são poucos os que podem dispor de uma quantida altíssima para investir em roupas feitas com matéria-prima artesanal e completamente sustentáveis, uma vez que são caríssimas.

Eu mesma sou compradora assídua de lojas de fast fashion e não nego, assim como muitas garotas e jovens-adultas por aí. Mas não é por isso que não devemos lamentar a morte quase que corriqueira dos trabalhadores escravos que passam seu cotidiano em péssimas condições para criar essas peças lindas que compramos por um precinho tão em conta.

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Imagem: reprodução

O último ocorrido, que serve como mais um exemplo para lutarmos contra essa injustiça – ainda que sejamos consumistas deste trabalho -, foi em Bangladesh. Para quem ainda não soube, um desses prédios com grandes produções de roupas para grandes redes de fast fashion desmoronou, deixando muitos mortos e tantos outros feridos.

Neste mesmo prédio, há alguns meses, aconteceu um incêndio, deixando 112 mortos e mais um monte de feridos. Logo após estes dois indicidentes, a opinião pública começou a se manifestar (finalmente) contra as precárias condições de trabalho e contra os olhos fechados – de modo convieniente – dos CEO's destas empresas de grandes marcas. Ainda não foi alcançada a situação ideal, mas, a H&M, por exemplo, acaba de assinar o 'Acordo pela Segurança de Prédios e Combate a Incêndios de Bangladesh".

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Loja filial da rede de fast fashion espanhola, Zara. Imagem: reprodução

Depois do escândalo escancarado sobre o trabalho escravo encoberto pela rede Zara, exibido inclusive em um canal brasileiro – através do programa de Rafinha Bastos -, as pessoas aparentemente começam a acordar para a dura realidade. Agora, a bola da vez é a GAP, pressionada a fazer parte de empresas de segurança, assim como a H&M, a Primark e a Calvin Klein, que se dispuseram a melhorar esse ponto em seus núcleos de trabalho – terceirizados ou não.
Só no Avaz, comunidade virtual para mobilização popular, mais de um milhão de assinaturas foram recolhidas – você também pode assinar se quiser, clicando aqui. Além disso, outro portal – Slavery Footprint – dá dicas para minimizar essa situação e exibe um gráfico de atividades do seu cotidiano que mais escravizam pessoas.

Não é difícil saber que ainda estamos longe de um mundo justo. E a dificuldade é maior pelo fato de que não sabemos o que existe realmente por trás do que consumimos – e quem, de todas essas marcas desejosas e baratinhas, realmente preza pela segurança dos responsáveis pela mão de obra. Através de portais como estes mencionados, ao menos, é possível ajudar a evitar que mais vidas sejam perdidas, como nesta tragédia do Rana Plaza. Basta tirar a venda dos olhos e colaborar, fazendo sua parte.

por Marcéli Paulino

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