Será que existe amor verdadeiro? Analisemos

Esses assuntos, considerados clichês no âmbito emocional, têm passado bastante pela minha cabeça ultimamente e me obrigado a refletir sobre o comportamento das pessoas no que diz respeito a relacionamento a dois. O que eu concluo disso: que de clichê não tem nada, pois está cada vez mais difícil entendê-lo e defini-lo.

Primeiro de tudo: será que existe mesmo esse amor romântico que algumas pessoas esperam em um relacionamento? E se existe, até que ponto ele é real? Será que dá para encontrar alguém que queira esse mesmo tipo de amor – e, principalmente, que sinta?

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Filmes românticos e ilusões à parte, eu tenho cá minhas dúvidas do quanto isso pode ser "praticável". Normalmente, baseamos nossas teorias em fatos reais – de preferência, próximos de nós – então é partir dos meus fatos reais que baseio essa teoria e esse post.

O que eu tenho visto, ao longo dos anos e do aumento da liberdade de expressão das pessoas, é que ninguém está muito preocupado com o sentimento alheio. "Eu não sinto igual, foda-se o outro então". Não que você seja obrigado a retribuir algo, mas acho que, em nível de humanidade, todos temos algum dever no que diz respeito à consideração. Tem gente, aliás, que nem sabe o que significa essa palavra na prática. Ou seja, não há teoria, muito menos prática destas questões.

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Eu não vejo as pessoas tendo atitudes românticas, essa é que é a verdade. É fato que a realidade dura nos obriga a olhar o mundo com mais frieza, mas não existe nem uma tentativa de praticar a ternura – se é que algum dia existiu de fato. Quem gosta de História e/ou Literatura provavelmente já ouviu falar da época do Romantismo. Por trás de todo interesse político que uma fase histórica fatalmente possui, fico a me perguntar se algum dos romancistas da época de fato sentiam aquilo que escreviam e que elucidavam em suas obras.

E a forma como eu coloco essa questão não é no sentido de imposição ou de moralismo: é no sentido mais livre e puro do sentir. É querer ser honesto com os sentimentos e retribuir, quando quiser, simplesmente por querer. Sem visar competição, orgulho ou vaidade. Será que existe?

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Eu não acho que ainda possa definir exatamente o que é um amor por outra pessoa com quem você não tenha vínculos (ex. pai, mãe, irmãos, primos) mas desconfio que, se ele existe, deve ser representado pela liberdade de sentir e de ser retribuído. Bem-estar, compatibilidade e honestidade. Deixando de lado qualquer interesse ou imagem a ser passada – coisas que hoje, visivelmente, prevalecem na hora de manter uma relação. O amor não é apenas e restritamente representado pela frase "eu te amo". Essa frase, por sinal, se tornou tão vazia de repente.

Em uma atmosfera totalmente superficial, fica quase impossível imaginar um sentimento desse, não é? Todos tão preocupados com as aparências, em conservar o que a massa julga que é melhor, em se apresentar de acordo com as regras ou, então, em se apresentar em contra partida a estas regras, visando apenas os próprios objetivos, querendo mostrar sua rebeldia… Não está fácil. Ainda assim, eu luto para conseguir imaginar que em algum lugar exista um sentimento que possa superar todas essas objetificações. 

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Imagens: Tumblr [reprodução].

Amor, no meu entender, não pode ser criado, nem vendido, nem comprado, nem fingido. Eu imagino que amor por outrem seja aquela sensação plena de se sentir completo, no caminho de ida e de volta. Não por questões financeiras, mas por questões afetivas mesmo. Laços consistentes e não superficiais. Sentimento que existe porque existe e a gente sente, descobre e fica bem com ele. É a explicação, de fato, do 'fazer o bem ao outro, que faz bem a nós mesmos'.

Se isso existe na prática? Não sei. Não sei mesmo. Só sei que a teoria é bonita e, às vezes, eu gosto de pensar que pode ser possível vivê-la – mesmo que meu raciocínio lógico me chame de idiota e me mande voltar para a "realidade".

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E vocês,  o que acham sobre o amor verdadeiro? Algum palpite??

por Marcéli Paulino

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