Camisetas com frases feministas tomam conta de looks de rua, a começar por famosas
Há algum tempo já se discute, de forma mais normal, o feminismo. Apesar da proporção que o tema vem tomando, o que é ótimo, ainda tem gente que encara esse termo como algo criado em represália ao tão repudiado machismo, que imperou na sociedade por muitas décadas (e ainda impera, em alguns casos).
Vamos deixar claro de uma vez por todas que o feminismo não é uma luta para fazer prevalecer vantagens sobre a mulher e, sim, para que prevaleça a IGUALDADE de sexos, seja em relação à profissão ou ao relacionamento, por exemplo. E a cultura pop se apropriou desta "fama", digamos, que o movimento vem ganhando, e algumas empresas já criaram t-shirts com slogans feministas, que têm sido adotadas por famosas como a modelo Cara Delevingne e a cantora Rihanna.
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Imagens: reprodução.
A DimePiece, por exemplo, é uma das grifes que fez dos símbolos feministas sua logomarca e, graças à top Cara, alavancou e ganhou várias adeptas "mortais". Embora muitos possam achar que algumas frases possibilitem interpretações de duplo sentido, como "Here's a bitch" (em tradução livre, "Sou uma cadela"), estou de acordo com a historiadora Christine Bard, quando ela diz que "mesmo que se trate de uma apropriação da moda, é uma boa notícia porque significa que o feminismo está sendo considerado como digno de ser copiado. É sempre melhor que o silêncio" [Elle Brasil, Especial Rio de Janeiro, edição 2014].
Nem todas as ideias divulgadas ganham a interpretação que merecem, isso acontece com tudo na vida e, obviamente, com a 'moda do feminismo' não seria diferente. O importante é que a temática está tomando proporções cada vez maiores e, cada vez mais, garotas e mulheres querem entender o que essas frases querem dizer e quais são, realmente, seus objetivos.
Deixem a mentalidade pornô de lado e interpretem o contexto de uma camiseta com a frase "Here's a bitch" pensando, por um momento, como uma feminista: a ideia de que qualquer roupa supostamente indevida, qualquer comportamento supostamente inapropriado (como beber, por exemplo e rir alto), conceitos arcaicos que configuram, na mentalidade dos retrógrados, que uma mulher seja uma "cadela", ou uma puta – no bom e claro português – passa totalmente a ser satirizada e ridicularizada.
Porque se beber, rir alto, sair com as amigas e não ser subordinada são atitudes julgadas pelos machistas de plantão como 'atos de uma vagabunda', então, que sejamos vagabundas. À medida em que a 'modinha do feminismo' vai tomando conta, a opressão vai diminuindo e perdendo a força – e é esta a parte mais legal.
Créditos por todas as imagens: CDN.shopfy.com, knyz.is, lookhuman.com, mycelebrityfashion.co.uk, shefinds.com e wheretoget.com. .
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Além do mais, para ser feminista não é necessário ser mulher – e não necessariamente, um homem feminista é um homossexual. Assim como toda mulher feminista não deve, necessariamente, ser lésbica ou "abrutalhada". Para alguns que lêem esse texto, estas afirmações podem parecer tão óbvias tanto quanto o pleonasmo "subir para cima", mas acreditem, amigos e amigas, MUITA gente não tem nem ideia destes pormenores.
O último desfile da Chanel, em que Karl Lagerfeld colocou modelos na passarela com cartazes de protestos feministas. Imagem: UOL Mulher [reprodução].
No mais, sou completamente entusiasta dessa carona que a moda pegou no movimento feminista para criar roupas que falam por nós, também neste aspecto. Afinal, sempre fui da opinião de que a moda está aí não somente para nos deixar lindas e atuais, mas, principalmente, para expressar uma ideia – de preferência, que mude o mundo para melhor. E vocês, que acham dessa nova aposta?
por Marcéli Paulino
Colorindo a Vida
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